quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Jesus, Nossa Esperança


Houve um homem que ao tomar o Jesus criança nos braços, experimentou a alegria da espera terminada e profetizou um futuro melhor para o seu povo. É Simeão, um homem justo e piedoso que esperava a consolação de Israel, segundo nos conta Lucas 2.25-35.


Simeão vivia em Jerusalém e, como um fiel servo de Deus, aguardava ansiosamente o messias prometido pelos profetas. Ele tinha convicção em seu coração, pelo Espírito Santo de Deus, de que não morreria antes de ver o enviado de Deus. O seu encontro com o menino Jesus acontece no templo, na ocasião da apresentação do bebê na Congregação, como ordenava a Lei, aos oito dias de vida. Simeão, ao ver Jesus, o toma nos braços e louva a Deus com um cântico que revela toda a sua fé nas promessas: agora ele podia descansar em paz, pois os seus olhos já tinham visto a Salvação para todos os povos. Em seguida, entrega uma palavra dura à Maria, mãe de Jesus: este menino está levantado para ser contradição: Sua alma será traspassada para que se manifestem os pensamentos de muitos corações. Esta palavra se concretiza bem mais tarde na vida de Jesus, com sua crucificação e morte. No entanto, a sua ressurreição marcaria um novo momento da história humana.

Esse testemunho de Simeão nos ensina acerca do advento de Jesus e da esperança no futuro:

Nunca podemos perder a esperança de que Jesus nasça na vida das pessoas, por mais próximas da morte que estejam, por serem bem idosas ou por viverem em situações que as conduzem à morte. A fé de Simeão, ao estar com Jesus lhe permite morrer, sabendo, porém, que Jesus é a sua vida, bem como para todo o seu povo. Precisamos acreditar, diante de situações adversas, que Jesus, ao nascer nos nossos corações, nos salva, concedendo-nos uma fé capaz de nos restaurar a plena esperança.

O nascimento de Jesus traz às pessoas sofridas desse mundo, sacrificadas pela fome, pela falta de teto, de família, de amigos, a esperança de que mesmo todo o seu sofrimento não pode afasta-las da possibilidade de serem felizes. Ainda isso aconteça somente na plenitude do Reino de Deus, segundo Mateus 5.3 e Lucas 6.20.

Temos vivido tempos em que o comércio e as iniciativas seculares têm tomado o lugar central na celebração do Natal que, em sua origem, é a celebração do Messias. Não podemos deixar que as vozes mercantilistas e capitalistas sufoquem nossa voz profética, que anuncia a nossa espera de toda a vida. Como Simeão, nosso povo não quer morrer sem ver a salvação; não pode ter seu olhar desviado do menino Jesus para pacotes de presentes e festas particulares. Nosso povo precisa contemplar o menino Deus que veio ao mundo para tirar da morte seu poder de ameaça e de destruição.

Que nossa esperança seja forte o suficiente para resistir às forças que querem nos levar à morte. Que nossos olhos estejam abertos para ver o menino Jesus. Que nossa fé seja mais forte e nosso amor mais profundo, para contemplarmos a salvação que Deus nos oferece em Cristo Jesus.

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(Filipenses. 1:9.)

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