segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Petra


PETRA (do grego "petrus", pedra; árabe: البتراء, al-Bitrā) é um importante enclave arqueológico na Jordânia, situado na bacia entre as montanhas que formam o flanco leste de Wadi Araba, o grande vale que vai do Mar Morto ao Golfo de Aqaba. Em 7 de Julho de 2007 foi considerada, numa cerimónia realizada em Lisboa, Portugal, uma das Novas sete maravilhas do mundo.

HISTÓRIA

A região onde se encontra Petra foi ocupada por volta do ano 1200 a.C. pela tribo dos Edomitas, recebendo o nome de Edom. A região sofreu numerosas incursões por parte das tribos israelitas, mas permaneceu sob domínio edomita até à anexação pelo império persa. Importante rota comercial entre a Península Arábica e Damasco (Síria) durante o século VI a.C., Edom foi colonizada pelos Nabateus (uma das tribos árabes), o que forçou os Edomitas a mudarem-se para o sul da Palestina.



FUNDAÇÃO

O ano 312 a.C. é apontado como data do estabelecimento dos Nabateus no enclave de Petra e da nomeação desta como sua capital. Durante o período de influência helenística dos Selêucidas e dos Ptolomaicos, Petra e a região envolvente floresceram material e culturalmente, graças ao aumento das trocas comerciais pela fundação de novas cidades: Rabbath 'Ammon (a moderna Amã) e Gerasa (atualmete Jerash).
Devido aos conflitos entre Selêucidas e Ptolomaicos, os Nabateus ganharam o controle das rotas de comércio entre a Arábia e a Síria. Sob domínio nabateu, Petra converteu-se no eixo do comércio de especiarias, servindo de ponto de encontro entre as caravanas provenientes de Aqaba e as de cidades de Damasco e Palmira.
O estilo arquitectónico dos Nabateus, de influência greco-romana e oriental, revela a sua natureza ativa e cosmopolita. Este povo acreditava que Petra se encontrava sob a protecção do deus dhû Sharâ (Dusares, em grego).




ÉPOCA ROMANA

Entre os anos 64 e 63 a.C., os territórios nabateus foram conquistados pelo general Pompeu e anexados ao Império Romano, na sua campanha para reconquistar as cidades tomadas pelos Hebreus. Contudo, após a vitória, Roma concedeu relativa autonomia a Petra e aos Nabateus, sendo as suas únicas obrigações o pagamento de impostos e a defesa das fronteiras das tribos do deserto.
No entanto, em 106 d.C., Trajano retirou-lhes este estatuto, convertendo Petra e Nabateia em províncias sob o controlo direto de Roma (Arábia Petrae). Adriano, seu sucessor, rebatizou-a de Hadriana Petrae, em honra de si próprio.


ÉPOCA BIZANTINA

Em 380 d.C., o Cristianismo converteu-se na religião oficial do Império Romano, o que teve as suas repercussões na região de Petra. Em 395, Constantino fundou o Império Bizantino, com capital em Constatinopla (atual Istambul).
Petra continuou a prosperar sob o seu domínio até o ano em que um terremoto destruiu quase metade da cidade. Contudo a cidade não morreu: após este acontecimento muitos dos edifícios "antigos" foram derrubados e reutilizados para a construção de novos, em particular igrejas e edifícios públicos.
Em 551, um segundo terremoto (mais grave que o anterior) destruiu a cidade quase por completo. Petra não conseguiu se recuperar desta catástrofe, pois a mudança nas rotas comerciais diminuíram o interesse neste enclave.


REDESCOBERTA DE PETRA

As ruínas de Petra foram objeto de curiosidade a partir da Idade Média, atraíndo visitantes como o sultão Baybars do Egipto, no princípio do século XIII. O primeiro europeu a descobrir as ruínas de Petra foi Johann Ludwig Burckhardt (1812), tendo o primeiro estudo arqueológico científico sido empreendido por Ernst Brünnow e Alfred von Domaszewski, publicado na sua obra Die Provincia Arabia (1904).




PETRA NOS DIAS DE HOJE

A 6 de Dezembro de 1985, Petra foi reconhecida como Património da Humanidade pela UNESCO.
Em 2004, o governo jordaniano estabeleceu um contrato com uma empresa inglesa para construir uma auto-estrada que levasse a Petra tanto estudiosos como turistas.
A 7 de Julho de 2007, foi eleita em Lisboa, no Estádio da Luz uma das Novas sete maravilhas do mundo

sábado, 21 de novembro de 2009

Máscaras


O estágio evolutivo em que se encontra a humanidade, o da civilização, mostra que, no processo, o regime da força, dos instintos animalescos, foi substituído pelo da astúcia.
Procura-se a vitória utilizando-se máscaras, que escondem a verdadeira personalidade do seu usuário. Assim se porta a maioria da nossa sociedade e o exemplo mais enfático é o da nossa classe política. Com honrosas exceções, o que se esconde por trás da beleza das máscaras com que se apresentam os nossos políticos?



A arte de se mascarar, historicamente marcante no carnaval de Veneza, pode ser tomado como emblema para a astúcia do atual estágio evolutivo do homem civilizado.
A máscara tem sido a sua principal arma para conquista de seus objetivos, nem sempre confessáveis. Na sociedade tem sido apenas uma arma para esconder fragilidades de personalidades. A evolução, através da espiritualização, vai nos mostrar por inteiro, como de fato somos.

J. Meirelles

Admiremos a beleza das máscara de Veneza, uma verdadeira arte, e meditemos sobre o texto do grande Drummond de Andrade, que, no campo romântico, mostra-nos como é difícil deixar de usar a máscara.
Eterno é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata!


Fácil é ouvir a música que toca.
Difícil é ouvir a sua consciência. Acenando o tempo todo, mostrando nossas escolhas erradas.

Fácil é ditar regras.
Difícil é seguí-las. Ter a noção exata de nossas próprias vidas, ao invés de ter noção das vidas dos outros.

Fácil é perguntar o que deseja saber...
Difícil é estar preparado para escutar esta resposta. Ou querer entender a resposta.


Fácil é chorar ou sorrir quando der vontade.
Difícil é sorrir com vontade de chorar ou chorar de rir, de alegria.

Fácil é dar um beijo.
Difícil é entregar a alma. Sinceramente, por inteiro.

Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida.
Difícil é entender que pouquíssimas delas vão te aceitar como você é e te fazer feliz por inteiro.


Fácil é ocupar um lugar na caderneta telefônica.
Difícil é ocupar o coração de alguém. Saber que se é realmente amado.

Fácil é ver o que queremos enxergar.
Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto. Admitir que nos deixamos levar, mais uma vez, isso é difícil.

Fácil é sonhar todas as noites.
Difícil é lutar por um sonho.


Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar.
Difícil é mentir para o nosso coração.

Fácil é dizer "oi" ou “como vai”?
Difícil é dizer "adeus". Principalmente quando somos culpados pela partida de alguém de nossas vidas...

Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados.
Difícil é sentir a energia que é transmitida. Aquela que toma conta do corpo como uma corrente elétrica quando tocamos a pessoa certa.


Fácil é querer ser amado.
Difícil é amar completamente só. Amar de verdade, sem ter medo de viver, sem ter medo do depois. Amar e se entregar. E aprender a dar valor somente a quem te ama.

Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir.
Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a verdade quando for preciso. E com confiança no que diz.

Falar é completamente fácil, quando se tem palavras em mente que expressem sua opinião.
Difícil é expressar por gestos e atitudes o que realmente queremos dizer, o quanto queremos dizer, antes que a pessoa se vá.


Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre esta situação.
Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer. Ou ter coragem pra fazer.

Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado.
Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece, te respeita e te entende.

E é assim que perdemos pessoas especiais.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Declaro-me Vivo


Saboreio cada momento.
Antigamente me preocupava quando os outros falavam mal de mim.
Então fazia o que os outros queriam,e a minha consciência me censurava.
Entretanto, apesar do meu esforço para ser bem educado, alguém sempre me difamava.

Como agradeço a essas pessoas, que me ensinaram que a vida é apenas um cenário!
Desse momento em diante, atrevo-me a ser como sou.

A árvore anciã me ensinou que somos todos iguais.

Sou guerreiro: a minha espada é o amor, o meu escudo é o humor, o meu espaço é a coerência, o meu texto é a liberdade.


Perdoem-me, se a minha felicidade é insuportável, mas não escolhi o bom senso comum. Prefiro a imaginação dos indios, que tem embutida a inocência.

É possível que tenhamos que ser apenas humanos.

Sem Amor nada tem sentido, sem Amor estamos perdidos, sem Amor corremos de novo o risco de estarmos caminhando de costas para a luz.


Por esta razão é muito importante que apenas o Amor inspire as nossas ações.

Anseio que descubras a mensagem por detrás das palavras; não sou um sábio, sou apenas um ser apaixonado pela vida.

A melhor forma de despertar é deixando de questionar se nossas ações incomodam aqueles que dormem ao nosso lado.

A chegada não importa, o caminho e a meta são a mesma coisa.


Não precisamos correr para algum lugar,apenas dar cada passo com plena consciência.

Quando somos maiores que aquilo que fazemos, nada pode nos desequilibrar.

Porém, quando permitimos que as coisas sejam maiores do que nós, o nosso desequilíbrio está garantido.


É possível que sejemos apenas água fluindo; o caminho terá que ser feito por nós.

Porém, não permitas que o leito escravize o rio, ou então, em vez de um caminho, terás um cárcere.

Amo a minha loucura que me vacina contra a estupidez.
Amo o amor que me imuniza contra a infelicidadeque prolifera, infectando almas e atrofiando corações.
As pessoas estão tão acostumadas com a infelicidade, que a sensação de felicidade lhes parece estranha



As pessoas estão tão reprimidas, que a ternura espontânea as incomoda, e o amor lhes inspira desconfiança.

A vida é um cântico à beleza, uma chamada à transparência.
Peço-lhes perdão, mas….

DECLARO-ME VIVO!
Chamalú. Indio Quechua

Os quíchuas (quéchuas) representam o povo aborígene americano, de raça andina que ajudou a fundar nos altiplanos do Peru e da Bolívia, o império dos incas. Atualmente, os quíchuas perderam a antiga proeminência, conservando-se como simples agricultores e pastores, vivendo em condições quase de miserabilidade.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Em momentos de crise ...


Um cachorrinho perdido na selva vê um tigre correndo em sua direção.

Pensa rápido, vê uns ossos no chão e se põe a mordê-los.

Então, quando o tigre está pronto atacá-lo, o cachorrinho diz:

- Ah, que delícia este tigre que acabo de comer!

O tigre pára bruscamente e sai apavorado correndo do cachorrinho, e no caminho vai pensando:- Que cachorro bravo!

Por pouco não me come a mim também!

Um macaco, que havia visto a cena, sai correndo atrás do tigre e conta como ele tinha sido enganado.

O tigre, furioso, diz:

- Cachorro maldito! Vai me pagar!

O cachorrinho vê que o tigre vem atrás dele de novo e desta vez traz o macaco montado em suas costas.

Ah, macaco traidor! O que faço agora?, pensou o cachorrinho.

Em vez de sair correndo, ele ficou de costas, como se não estivesse vendo nada.

Quando o tigre está a ponto de atacá-lo de novo, o cachorrinho diz:

- Macaco preguiçoso! Faz meia hora que eu mandei me trazer um outro tigre e ele ainda não voltou!


Em momentos de crise, só a imaginação é mais importante do que o conhecimento.(Albert Eistein)

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Pedras No Caminho?


Posso ter defeitos, viver ansiosa e ficar irritada algumas vezes mas, não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo, e posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não".
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo...
Fernando Pessoa

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Quando o amor acenar


Quando o amor acenar,
siga-o ainda que por caminhos
ásperos e íngremes.
Debulha-o
até deixá-lo nu.
Transforma-o,
livrando-o de sua palha.
Tritura-o,
até torná-lo branco.
Amassa-o,
até deixá-lo macio;
e,então,submete ao fogo
para que se transforma em pão
para alimentar o corpo e o coração!


sábado, 14 de novembro de 2009

Bons Amigos

AMIGOS PARA SEMPRE ...

Depois de perder os pais, esse orangotango de três anos de idade estava tão deprimido que se recusava a comer e não respondia muito bem aos tratamentos e remédios. Os veterinários achavam que ele iria se entregar à morte. O velho cão foi encontrado perdido nos arredores do zoológico, e quando levado para dentro da sala de tratamento, se encontrou com o orangotango, e os dois se tornaram amigos inseparáveis desde então.



O orangotango encontrou uma nova razão para viver e se esforça ao máximo para fazer seu novo amigo acompanhá-lo em suas atividades.


Eles vivem no norte da California e a natação é o esporte favorito de ambos, embora Roscoe (o orangotango) ainda tenha um pouco de medo da água e precise da ajuda do amigo para atravessar a nado.









Encontraram mais do que um ombro amigo para debruçar...





E viva a AMIZADE!!!

Não sei... Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura...
Enquanto durar.

(CoraCoralina)

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Um Cachorro Genial


Um açougueiro estava tomando conta de sua loja e ficou realmente surpreso quando um cachorro entrou.
Espantou o cachorro, mas logo em seguida o cachorro voltou.
Novamente tentou espantar o cachorro, quando percebeu que o cachorro trazia um bilhete na boca.
Pegou o bilhete e leu:
"Pode me mandar12 salsichas e uma perna de carneiro, por favor!".
Olhou e viu que dentro da boca do cachorro tinha uma nota de 50 reais.
Então pegou o dinheiro e pôs as salsichas e a perna de carneiro em uma sacola e na boca do cachorro.
O açougueiro ficou muito impressionado e como já era mesmo hora de fechar o açougue, decidiu fechar e seguir o cachorro.
E foi o que fez.
O cachorro começou a descer a rua e quando chegou a um cruzamento, depositou a bolsa no chão pulou e apertou o botão para fechar o sinal.
Então esperou pacientemente com a sacola na boca que o sinal fechasse e ele pudesse atravessar.
Atravessou a rua e caminhou até uma parada de ônibus, com o açougueiro seguindo-o.
No ponto de ônibus o cão olhou para a tabela de horários e sentou no banco para esperar o ônibus.
Quando o ônibus chegou o cachorro foi até a frente para conferir o número, viu que aquele era o ônibus certo e entrou.
O açougueiro boquiaberto seguiu o cão.
De repente ocão se levantou ficou em pé nas duas patas traseiras e apertou o botão para saltar, tudo isso com as compras ainda na boca.
Bem, o açougueiro e o cão foram caminhando pela rua até que o cão parou em frente a uma casa e depositou as compras na calçada.
Então voltou um pouco, correu e se atirou contra a porta.
Tornou a fazer isso várias vezes.
Ninguém respondeu na casa.
Assim, o cachorro circundou a casa, pulou um muro baixo, foi até uma janela e começou a bater com a cabeça no vidro várias vezes.
Caminhou de volta atéa frente da casa onde um homenzarrão enorme abriu a porta e começou a espancar o cachorro.
O açougueiro correu até o homem e o impediu dizendo:
"Por Deus do céu homem, o que você está fazendo?
O seu cachorro é um gênio".
O homem respondeu:
"Um gênio? Esta já é a segunda vez esta semana que este cachorro estúpido esquece a chave!!!".


Moral da estória:

Quando estamos ligados às pessoas erradas, podemos continuar nos esforçando para ajudar e agradar, podemos até exceder as expectativas mais comuns, mas infelizmente, aos olhos de algumas pessoas insensíveis, isto estará sempre abaixo do esperado...

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Onde andará o meu Doutor ?


Onde andará meu doutor?

Hoje acordei sentindo uma dorzinha,
aquela dor sem explicação, e uma palpitação,
resolvi procurar um doutor,
fui divagando pelo caminho...
lembrei daquele médico que me atendia vestido de branco
e que para mim tinha um pouco de pai, de amigo e de anjo...
o Meu Doutor que curava a minha dor,
não apenas a do meu corpo mas a da minha alma,
que me transmitia paz e calma!

Chegando à recepção do consultório,
fui atendida com uma pergunta:
QUAL O SEU PLANO? O MEU PLANO?
Ah, o meu plano é viver mais e feliz!
é dar sorrisos, aquecer os que sentem frio
e preencher esse vazio que sinto agora!
Mas a resposta teria que ser outra...

o MEU PLANO DE SAÚDE...
Apresentei o documento do dito cujo
já meio suado, tanto quanto o meu bolso, e aguardei...
Quando fui chamada corri apressada,
ia ser atendida pelo Doutor,
aquele que cura qualquer tipo de dor,
entrei e o olhei, me surpreendi,
rosto trancado, triste e cansado...
será que ele estava adoentado?
é, quem sabe, talvez gripado
não tinha um semblante alegre,
provavelmente devido à febre...
dei um sorriso meio de lado e um bom dia...
sobre a mesa, à sua frente, um computador,
e no seu semblante a sua dor,
o que fizeram com o Doutor?

Quando ouvi a sua voz de repente:
O que a senhora sente?
Como eu gostaria de saber o que ELE estava sentindo...
parecia mais doente do que eu, a paciente...
Eu? ah! sinto uma dorzinha na barriga e uma palpitação
e esperei a sua reação,
vai me examinar, escutar a minha voz
auscultar o meu coração...
para minha surpresa apenas me entregou uma requisição e disse:
peça autorização desses exames para conseguir a realização...
quando li quase morri...

TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA,
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
e CINTILOGRAFIA!

ai, meu Deus! que agonia!
eu só conhecia uma tal de abreugrafia...
só sabia o que era ressonar (dormir),
de magnético eu conhecia um olhar...
e cintilar só o das estrelas!
estaria eu à beira da morte? de ir para o céu?
iria morrer assim ao léu?
naquele instante timidamente pensei em falar:
terá o senhor uma amostra grátis
de calor humano para aquecer esse meu frio?
que fazer com essa sensação de vazio? e observe, Doutor,
o tal Pai da Medicina, o grego Hipócrates, acreditava que
A ARTE DA MEDICINA ESTAVA EM OBSERVAR.

Olhe para mim...
bem verdade que o juramento dele está ultrapassado!
médico não é sacerdote...
tem família e todos os problemas inerentes ao ser humano...
mas, por favor, me olhe, ouça a minha história!
preciso que o senhor me escute, ausculte
e examine!

estou sentindo falta de dizer até aquele 33!
não me abandone assim de uma vez!
procure os sinais da minha doença e cultive a minha esperança!
alimente a minha mente e o meu coração...
me dê, ao menos, uma explicação!
o senhor não se informou se eu ando descalça... ando sim!
gosto de pisar na areia e seguir em frente
deixando as minhas pegadas pelas estradas da vida,
estarei errada?
ou estarei com o verme do amarelão?
existirá umas gotinhas de solução?

será que já existe vacina contra o tédio?
ou não terá remédio?
que falta o senhor me faz, meu antigo Doutor!
cadê o Sccot, aquele da Emulsão?
que tinha um gosto horrível mas me deixava forte
que nem um Sansão!
e o Elixir? Paregórico e categórico,
e o chazinho de cidreira,
que me deixava a sorrir sem tonteiras?
será que pensei asneiras?

Ah! meu querido e adoentado Doutor!
sinto saudades
dos seus ouvidos para me escutar,
das suas mãos para me examinar,
do seu olhar compreensivo e amigo...
do seu pensar...
o seu sorriso que aliviava a minha dor...
que me dava forças para lutar contra a doença...
e que estimulava a minha saúde e a minha crença...
sairei daqui para um ataúde?
preciso viver e ter saúde!
por favor, me ajude!

Oh! meu Deus, cuide do meu médico e de mim,
caso contrário chegaremos ao fim...
porque da consulta só restou uma requisição
digitada em um computador
e o olhar vago e cansado do Doutor!
precisamos urgente dos nossos médicos amigos,
a medicina agoniza...
ouço até os seus gemidos...

Por favor, tragam de volta o meu Doutor!
estamos todos doentes e sentindo dor...
e peço, para o ser humano, uma receita de calor,
e para o exercício da medicina uma prescrição de amor!

ONDE ANDARÁ O MEU DOUTOR?
(Tatiana Bruscky, médica)

terça-feira, 3 de novembro de 2009

O Mito da Caverna - Platão


O “mito da caverna” é uma parábola contada pelo filósofo Platão e se encontra na sua obra intitulada A Republica (livro VII). È um diálogo entre Sócrates e Gláuco.
Trata-se da exemplificação de como podemos nos libertar da condição de escuridão que nos aprisiona através da luz da verdade.

Imaginemos um muro bem alto separando o mundo externo e uma caverna.
Na caverna existe uma fresta por onde passa um feixe de luz exterior.
No interior da caverna permanecem seres humanos, que nasceram e cresceram ali.

Ficam de costas para a entrada, acorrentados, sem poder locomover-se, forçados a olhar somente a parede do fundo da caverna, onde são projetadas sombras de outros homens que, além do muro, mantêm acesa uma fogueira.
Os prisioneiros julgam que essas sombras sejam a realidade.

Um dos prisioneiros decide abandonar essa condição e fabrica um instrumento com o qual quebra os grilhões. Aos poucos vai se movendo e avança na direção do muro e o escala, com dificuldade enfrenta os obstáculos que encontra e sai da caverna, descobrindo não apenas que as sombras eram feitas por homens como eles, e mais além todo o mundo e a natureza.

Abaixo o Mito da Caverna em quadrinhos, que além de uma forma simples de nos explicar o que quis dizer Platão em sua alegoria, é também uma boa crítica à nossa vida moderna.














Powered By Blogger