terça-feira, 28 de junho de 2011

A História de Margarete



Cuidado para não desprezarem um só destes pequeninos! Mateus 18:10

Em uma palestra sobre autoimagem para estudantes do Ensino Médio no Unasp, campus São Paulo, Nancy Van Pelt nos contou a história a seguir:

Desde o primeiro dia de aula, Margarete e sua professora, senhorita Garner, não se davam bem. Num incidente, quando tinha nove anos, Margarete entrou correndo na classe, atrasada mais uma vez. A senhorita Garner ficou furiosa. “Margarete, estávamos esperando você. Venha aqui na frente agora mesmo!”

Ela pediu que Margarete ficasse de frente para a classe, e aí começou o pesadelo da menina. A senhorita Garner berrou: “Crianças! Margarete não tem sido boa aluna. Tentei ajudar, mas parece que ela não quer aprender. Vamos lhe dar uma lição. Quero que cada um de vocês venha à frente, pegue um pedaço de giz e escreva no quadro aquilo em que Margarete precisa melhorar. Quem sabe isso vai fazer com que ela melhore.”

Foi um ato cruel. Como professora, ela sabia o poder que têm os apelidos. Ali ficou Margarete, petrificada diante da senhorita Garner. Os alunos em fila silenciosa começaram a escrever: “Margarete não arruma o cabelo”, “Não é inteligente”, “É gorda”, “Usa óculos ‘fundo de garrafa’”, “É egoísta”... E, assim, os 25 alunos terminaram de rabiscar alguma coisa.

Foi o dia mais longo da vida de Margarete. Aquela dor nunca a deixou. Ainda sob a sombra daquelas sentenças, 40 anos mais tarde ela foi tratada de seu trauma com uma psicóloga. Dois anos com sessões semanais e agora ela estava na última sessão. “Bem, Margarete, creio que hoje é o dia da formatura. Eu sei que vai ser muito difícil, mas vou lhe pedir que você faça uma coisa. Volte em sua mente à sala de aula, naquele dia. Procure se lembrar do que cada um dos 25 alunos escreveu e de como você se sentiu.”

Margarete ainda se lembrava de cada detalhe. Finalmente, terminou, e ela não parava de chorar.

“Margarete, Margarete... você deixou Alguém de fora. Ele está Se levantando e recebe o giz da senhorita Garner. Agora Ele está indo para o quadro e apaga o que cada aluno escreveu. Desapareceram, Margarete, desapareceram. Você O reconhece? É Jesus! Olhe, Ele está escrevendo alguma coisa no quadro: ‘Margarete é amável... bondosa... gentil...forte... tem muita coragem.”

Margarete começou a chorar. Logo suas lágrimas deram lugar a sorrisos e risos. Já não se sentia mais condenada nem rejeitada.

“Minha alma engrandece ao Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, pois atentou para a humildade da Sua serva” (Lc 1:46-48).

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(Filipenses. 1:9.)

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